6 cuidados na elaboração de um Projeto Social

Os movimentos sociais podem ser considerados uma reunião de sujeitos que compartilham o desejo de mudança de uma dada realidade. A captação de recursos é extremamente necessária para alcançar os objetivos pretendidos pelo movimento/comunidade, sendo a elaboração do projeto a primeira etapa para obter apoio financeiro.

Um projeto social, quando elaborado de forma adequada, tem grandes chances de ser financiado por diversas empresas e programas sociais. Antes de iniciar a elaboração da proposta do projeto sugerimos atentar para os cuidados descritos pelo professor Jonas Gomes da Silva (meu xará 🙂 ) no Compêndio para a elaboração de Projetos Sociais*:

1- Edital

As informações do edital que regem o processo de seleção do patrocinador, tais como: objetivo; público – alvo; prazo; valor máximo a ser solicitado; valor mínimo da contrapartida; as documentações necessárias; os critérios a serem usados para a pontuação, etc; a missão, visão, valores e áreas prioritárias do patrocinador, a fim de verificar se a sua organização tem afinidades com quem analisará a proposta.

Jonas Gomes (2018, p. 50) destaca que “infelizmente, muitos projetos são eliminados por conta da equipe não ter atentado a alguma exigência do edital, como por exemplo, enviar a proposta depois do dia e horário do prazo estipulado, ou solicitar recursos que o edital não aceita, ou quando não atingi–se o patamar mínimo de contrapartida exigida, etc”

2- Formulário com roteiro

O formulário de inscrição do patrocinador contém o Roteiro do Projeto. Os patrocinadores além da documentação básica da organização, analisarão a proposta por meio de um formulário de inscrição contendo o roteiro do projeto. Alguns patrocinadores até disponibilizam o roteiro com campos contendo orientações sobre como preenchê-los. O professor Jonas Gomes (2018) sugere obter o roteiro das edições passadas daqueles patrocinadores alvos a fim de estudá-lo(s). Outra idéia pelo professor é criar um roteiro próprio e desenvolver seus projetos para então buscar captar recursos, seja por meio dos editais ou por conta de negociações diretas junto a potenciais patrocinadores.

3- Diagnóstico

Diagnóstico da realidade precisa ser feito para contextualizar o projeto. Conforme orienta Jonas Gomes (2018) é importante utilizar fontes confiáveis para embasar o projeto, tais como IBGE, SEBRAE, INEP, etc. São fontes secundárias que podem fornecer estatísticas e fatos sobre a comunidade – alvo do projeto. No entanto, nem sempre essas informações ou fatos estão disponíveis ou atualizadas, sendo necessário buscá–las diretamente na fonte primária. Neste sentido, a equipe poderá envolver a comunidade no processo de coleta de dados para a identificação do(s) problema(s), suas causas, efeitos, bem como os meios de combatê-los;

4- Informações e técnicas

Informações técnicas relacionadas aos prazos, ao valor máximo a ser solicitado, ao valor mínimo de contrapartida, aos critérios de avaliação, o perfil desejado do público – alvo, o perfil da organização, os parceiros, as normas ou aos requisitos a serem atendidos, todos devem ser cuidadosamente checados e providenciados. Você precisa assegurar que a organização/ comunidadade preenche os requisitos técnicos e caprichar no preenchimento dos campos em que demandam informações relacionadas aos critérios da avaliação do projeto, aos pesos, etc. Jonas Gomes (2018) dá a seguinte sugestão: obtenha informações de outros projetos aprovados pelo patrocinador, se possível visite para conhecer a equipe, sua gestão e a experiência adquirida ao longo do tempo.

5- Recursos

Você precisa ter conhecimento dos recursos que sua organização possui, um inventário atualizado é importante, uma vez que economiza tempo e demonstra capacidade organizacional. Neste sentido, Jonas Gomes (2018) afirma que é importante fazer os seguintes questionamentos: Quanto de material permanente (equipamentos, mobiliários, acervos bibliográficos, etc) nós temos? qual o valor deles? qual a nossa infraestrutura? quem são nossos recursos humanos? quanto vale uma hora de trabalho? e se houver um parceiro, quais serão os recursos alocados por ele no projeto?

Com base no conhecimento dos recursos internos,  você ganha tempo para apresentar a contrapartida institucional, dos parceiros no projeto, bem como para melhor solicitar os recursos aos patrocinadores.

6- Participação da comunidade

A participação da comunidade é muito valorizada pelos patrocinadores. O projeto começa bem se você já tiver dedicado tempo para coletar dados em parceria com a comunidade, como por exemplo, um levantamento do perfil socioeconômico ou ambiental da localidade.

Essas orientações certamente irão aumentar as chances em aprovar o projeto social.

* Se você tem interesse em elaborar propostas de projetos sociais, recomendo a aquisição do Compêndio para a elaboração de Projetos Sociais: casos nacionais e internacionais de sucesso do colega Jonas Gomes da Silva.

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