A pesquisa é fundamental para subsidiar a tomada das melhores decisões, podendo apontar aspectos fundamentais sobre a relação entre a organização e seus públicos. As pesquisas visam buscar informações para analisar determinadas situações, em virtude da construção de diagnósticos com vistas em planejar ações mais eficazes.
Assim como a profa. Margarida Kunsch (2003), acredito que a aplicação eficiente e eficaz de pesquisas nas organizações requer a observação de alguns requisitos: a) conhecimentos básicos sobre pesquisa científica; b) postura científica em relação aos procedimentos; c) aproveitamento de métodos e técnicas de pesquisa. O planejamento e a execução de uma pesquisa exigem um conhecimento aprofundado de métodos e técnicas para o desenvolvimento de um estudo proveitoso.
A seguir, tomando como base o Manual Relações Públicas: profissão e prática, relacionamos 10 termos fundamentais sobre pesquisa:
1- Pesquisa secundária é a pesquisa de fontes já produzidas, como livros, revistas, jornais, pesquisas de opinião publicadas, artigos na internet e outros registros eletrônicos. Cuidado, o termo “secundária” pode ser enganoso.
2- Pesquisa primária é a pesquisa original. É necessária quando a secundária não pode fornecer as respostas às perguntas.
3- Pesquisa informal é a pesquisa ou a coleta não científica de informações. Por exemplo, pode incluir telefonemas às organizações, bem como e-mails, relatórios de vendas e conversas informais com líderes ou comunidade.
4- Pesquisa formal é a pesquisa científica. É feita para produzir resultados que tenham probabilidade de ser estatisticamente precisos dentro de um determinado objetivo.
5- Grupos focais são direcionados ou selecionados a partir de uma determinada característica de seu público. Desse grupo selecionado, geralmente de 8 a 12 pessoas, um moderador faz perguntas abertas para investigar o porquê, ou a resposta profunda à pergunta. Ainda que a pesquisa com grupos focais seja considerada pesquisa informal, dado que os resultados do grupo não podem ser cientificamente aplicados ao grupo ou público mais amplo que representa, essa ferramenta de pesquisa primária tem se tornado uma das mais usadas de todas as ferramentas de pesquisa para o profissional de relações públicas em termos qualitativos.
6-Dados descritivos são informações usadas para descrever algo, como um determinado grupo de pessoas. Esses dados costumam incluir porcentagens, médias ou números reais para resumir as características de um grupo ou público.
7- Dados inferenciais são os resultados da amostragem sistemática da população, e você pode inferir a partir da amostra as características do grupo mais amplo.
8- Amostra é um subconjunto de uma população que é selecionada para dar informação a partir da qual o pesquisador pode fazer inferências sobre o grupo maior. A partir daquela amostra, se bem escolhida, o pesquisador pode fornecer um grau de confiabilidade de que a amostra é semelhante à população total, dependendo do tamanho de amostra, das perguntas feitas e do tipo de amostra.
9- Amostragem aleatória simples é uma técnica de coleta em pesquisa que seleciona um subconjunto a partir de um grupo maior, em que todos os membros do grupo maior têm uma chance igual de serem selecionados. Esse tipo de amostragem oferece a chance estatística de ser preciso.
10- Amostragem aleatória estratificada é simplesmente a amostragem aleatória dentro de cada estrato ou subgrupo de uma população mais ampla. Por exemplo, se você extraiu 5% de uma amostragem aleatória de todos os calouros, e depois 5% de alunos do primeiro, segundo e terceiros anos, teria uma amostra que é diferente de uma amostra aleatória de todos os estudantes de graduação. Esse tipo de amostragem lhe permite comparar diferentes classificações (estratos).
REFERÊNCIAS
KUNSCH, M.M.K. Planejamento Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo: Summus, 2003.
LATTIMORE, Dan et al. Relações Públicas: profissão e prática. Porto Alegre: AMGH Editora, 2012.
jonasjr.wordpress.com 