Conforme aborda Kunch (2009), as relações públicas populares vão além do trabalho para comunidade, na verdade trata-se do trabalho na e pela comunidade. Pressupõe, assim, que o profissional assuma uma condição interatuante, sendo um articulador, incentivador, motivador, mais do que um simples executante/ operador das atividades e técnicas de Relações Públicas.
Essa visão, segundo a autora, é fundamental para a elaboração de políticas, estratégias e técnicas de comunicação na perspectiva comunitária. O olhar de quem faz RP Popular para as comunidades é geralmente de assistencialismo que gera dependências. De outro modo, o RP deve estar inserido na comunidade, buscando ser um articulador e incentivador de políticas públicas favoráveis àquele meio social.
Ademais, existe a necessidade de o profissional vivenciar a comunidade, seus problemas e peculiaridades. Deve-se concentrar em ser um agente de transformação e mudança social, fazendo com que a comunicação seja elemento de transformação social, conscientização política e compartilhadora de experiências legitimadoras da sociedade.

Abaixo apresenta-se uma relação de alguns itens que devem ser desenvolvidos pelo profissional que pretende trabalhar no eixo comunitário:
- Ser um articulador e facilitador;
- Não pode ser somente técnico;
- Compartilhar conhecimentos;
- Ser agente de transformação;
- Ser educomunicador;
- Ter formação crítica e reflexiva;
- Ter formação humanizadora;
- Ter comprometimento social;
Essas características sintetizam a necessidade do profissional de Relações Públicas ser um agente de transformação social. Nota-se uma aproximação da área com os profissionais de educação e a necessidade de ter conhecimentos nessa perspectiva. Existe, assim, a necessidade de mudanças fundamentais, pois o modo de fazer as Relações Públicas Populares exige não só conhecimento técnico, mas também formação pedagógica, social e humanizadora.
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Texto extraído do artigo:
GOMES JR, Jonas da Silva. Relações Públicas Populares e atuação profissional em comunidades. Conexões: revista de relações públicas e comunicação organizacional, [S.l.], v. 1, n. 01, p. 68-80, nov. 2017. Disponível em: <http://www.periodicos.ufam.edu.br/conexoes/article/view/3811>. Acesso em: 13 abr. 2018.